22 de novembro de 2009

Como os vaga-lumes acendem?

Vaga-lumes ou pirilampos têm a notável característica de emitir luz - são verdadeiros pisca-piscas voadores. No Brasil a espécie mais comum é a Lampyris noctiluca. O fenômeno de produzir luz dentro de seus corpos vai muito além de ser algo fantástico aos olhos humanos. Esse processo (também feito por muitos outros organismos, na maioria organismos marinhos) é chamado de bioluminescência e é útil para a sobrevivência dos vaga-lumes.

A bioluminescência no vaga-lume pode ser resumida como a maneira pela qual ele chama a atenção de sua parceira. Na verdade, essa "lanterna" do vaga-lume é um dispositivo sexual utilizado por vaga-lumes de ambos os sexos (o macho emite sua luz avisando que está se aproximando, enquanto a fêmea, pousada em determinado local, emite sua luz para avisar onde está), além de servir de instrumento de defesa ou para atrair as presas. O processo em que a luz é produzida é uma reação química que origina no organismo. Para fazer isso, os vaga-lumes possuem células especiais em seu abdômen que produzem luz.

As células contêm uma substância química chamada luciferina, que produz a enzima luciferase. Para produzir luz, a luciferina se mistura com o oxigênio para formar uma molécula inativa chamada oxiluciferina. A luciferase acelera a reação, que ocorre em duas etapas:

1.A luciferina se mistura com o trifosfato de adenosina (ATP), que é encontrado em todas as células, para formar o luciferil adenilato e o pirofosfato (PPi) na superfície da enzima luciferase. O luciferil adenilato permanece ligado à enzima:

luciferina + ATP -------------> luciferil adenilato + PPi

2.O luciferil adenilato se mistura com o oxigênio para formar a oxiluciferina e o monofosfato adenosina (AMP). A luz é emitida e a oxiluciferina e o AMP são liberados da superfície da enzima:

luciferil adenilato + O2 -------------> oxiluciferina + AMP + luz
Fonte: howstuffworks - uol

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