18 de janeiro de 2011
É possível evitar enchentes nas grandes cidades?
Não existe fórmula mágica para evitar os alagamentos, mas algumas mudanças na estrutura dos grandes centros urbanos podem minimizar o efeito do excesso de água.O desafio principal é encontrar alternativas para evitar a impermeabilização do solo e o assoreamento dos rios (acúmulo de detritos que causa a redução da profundidade e da vazão). Afinal, reduzir o volume de chuvas não é possível, nem desejável. Em São Paulo, por exemplo, o volume médio de chuvas em dezembro e janeiro - os meses mais molhados do ano - é de cerca de 200 milímetros ou o equivalente a 200 litros de água em 1 metro quadrado por mês. Mas, às vezes, o volume mensal desaba de uma só vez, em um único dia de chuva intensa. Em certos dias de enchente no ano passado, chegaram a cair 83,8 milímetros em uma hora na Terra da Garoa! Como as vias de escoamento da cidade não dão conta de drenar tanta água e os rios estão cada vez mais estreitos e rasos, o resultado são ruas alagadas, trânsito e todo o caos que você já deve conhecer.
Dois tempos
Algumas mudanças estruturais podem livrar uma cidade de enchentes
PINTOU SUJEIRA
Não precisa nem falar que jogar lixo nos rios polui a água e acaba com qualquer tipo de vida que exista por ali. Mas o mau costume causa ainda o assoreamento dos rios, ou seja, o lixo se acumula nas bordas e no fundo dos rios, deixando-os mais rasos e estreitos. Assim, transbordam facilmente
TRÁFEGO PROIBIDO
Usar avenidas vizinhas a rios como vias de grande circulação é uma péssima idéia. Quando chove muito e o nível do rio sobe, essas áreas são as primeiras a sofrer e comprometem o trânsito da cidade inteira
RESPIRACHÃO
Áreas cobertas com asfalto e cimento ficam totalmente impermeáveis. Além de impossibilitar a absorção da água da chuva, o solo impermeabilizado faz a água correr mais rápido e tomar conta da cidade rapidamente
ABRINDO UMA BRECHA
O uso de pavimentos mais permeáveis à água é uma alternativa ao asfalto. Blocos intertravados - como os usados em calçadões e em ruas de cidades menores - assentados sobre areia permitem que a água penetre no solo e escoe sob o piso das ruas e avenidas
AVENIDA VEGETAL
Nas margens dos rios, o ideal seria ter faixas cobertas por vegetação. Em casos de transbordamento, a água seria absorvida pelo solo livre de calçamento. As vias de tráfego intenso ficariam o mais longe possível das áreas facilmente alagáveis
VERDE QUE TE QUERO VERDE
Quanto mais espaço coberto por vegetação, melhor. Solo não pavimentado absorve até 90% da água da chuva. As cidades deveriam ter 12 m² de área verde por habitante - São Paulo tem uma média de apenas 4m²
PISCININHAS
Algumas cidades já têm piscinões para receber a água das chuvas, mas outra solução possível é a construção de minipiscinões em casas e edifícios. Além de evitar inundações, os reservatórios permitiriam usar a água da chuva em serviços domésticos
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/ambiente/pergunta_287639.shtml
12 de janeiro de 2011
Escovas de dentes podem acumular bactérias prejudiciais à saúde em apenas dois meses
Ficou com nojo? Então é bom higienizar as cerdas de vez em quando e, se isso não for possível, trocar a escova com frequência maior que a recomendada. É o que se pode concluir de uma pesquisa realizada na Veris Faculdades, em Campinas, que analisou a presença de diferentes tipos de micro-organismos no utensílio, inclusive coliformes fecais e outras bactérias que podem causar problemas gastrointestinais e febre
As pesquisadoras Tássia Bulhões e Adriana Perez analisaram dez escovas de dente – metade com dois ou três meses de uso e a outra metade, com apenas um mês. Todas elas apresentaram micro-organismos, mas aquelas usadas por apenas 30 dias tiveram índices bem mais baixos.
Cada escova com mais de um mês de uso continha uma média de 1.100 coliformes fecais, 11 mil bactérias do tipo estafilococos coagulase negativa e cerca de 6.500 bolores e leveduras. Aquelas usadas por somente 30 dias apresentaram apenas 13 estafilococos, uma colônia de fungos e poucos coliformes fecais. A bactériaPseudomonas aeruginosa, encontrada nas escovas usadas por mais tempo, não apareceu nas mais novas.
“Muitos desses micro-organismos têm sua população dobrada em poucos minutos e, se o usuário tem alguma lesão na boca ou gengivite, as portas ficam abertas para infecções que podem ser graves se a pessoa estiver com o sistema imunológico comprometido”, explica a orientadora do trabalho, a professora de microbiologia Rosana Siqueira dos Santos.
O estudo chama a atenção para a necessidade de higienizar a escova de dentes todo dia, ou pelo menos uma vez por semana, deixando as cerdas de molho por dez minutos em um recipiente com antisséptico bucal ou solução à base de clorexidina, produtos facilmente encontrados na farmácia. “Se a pessoa não tiver nada em casa, pode mergulhar a escova em água fervente também por dez minutos”, afirma a professora.
5 de janeiro de 2011
Hormônio pode explicar por que mulheres choram com mais facilidade
Muitas pesquisas históricas têm atribuído a diferença dos hábitos de choro do homem e da mulher a pressões sociais. Mas um eminente pesquisador sobre as lágrimas, William H. Frey II, que teorizou, há três décadas, que chorar tinha uma função excretória de alívio do estresse, acredita também numa diferença hormonal.
Frey, bioquímico e farmacologista que hoje é diretor do Centro de Pesquisa de Alzheimer no Regions Hospital, em St. Paul, Minnesota, diz que homens e mulheres possuem mais de determinados químicos nas lágrimas que têm origem em emoções, ao contrário do que ocorre com as lágrimas que caem em resposta a estímulos físicos, como cortar cebola. Entre essas substâncias estão os hormônios prolactina (associado à produção de leite) e adrenocorticotrópico, e o neurotransmissor leucina encefalina – todos liberados quando o corpo está sob estresse
Autor de "Crying: The Mystery of Tears" (algo como "Choro: O mistério das lágrimas", de 1985), Frey especula que, como as lágrimas das mulheres mostram níveis significativamente mais altos de prolactina entre os 15 e os 30 anos de idade, a diferença pode estar associada a lágrimas frequentes, para excretar o estresse. Também se sugere que a própria prolactina estimule as lágrimas em ambos os sexos.