28 de novembro de 2011

Trabalho ou jogos podem ser tão viciantes quanto álcool ou drogas, diz psicólogo

O psicólogo britânico Mark Griffiths, professor da Nottingham Trent University, vem estudando o jogo compulsivo há 25 anos e diz acreditar "enfaticamente" que o ato de jogar e apostar, se levado ao extremo, é tão viciante quanto qualquer droga.
Neste texto escrito para a BBC, ele comenta os resultados de seu trabalho:"Os efeitos sociais e de saúde da jogatina extremada são muitos e têm muita coisa em comum com os efeitos de vícios mais tradicionais, entre eles mau humor, problemas de relacionamento, absenteísmo do trabalho, violência doméstica e ir à falência.
Os efeitos para a saúde - para jogadores e seus parceiros e parceiras - incluem ansiedade, depressão, insônia, problemas intestinais, enxaquecas, stress, problemas estomacais e pensamentos suicidas.
Se comportamentos como a jogatina podem se tornar um vício genuíno, não existe razão em teoria que impediria alguém de se viciar em atividades como videogames, trabalho ou exercícios físicos.
Pesquisas sobre jogadores compulsivos relatam que eles sofrem ao menos um efeito colateral quando passam por períodos de abstinência, como insônia, dores de cabeça, perda de apetite, fraqueza física, palpitações cardíacas, dores musculares, dificuldades de respiração e calafrios.]
Na verdade, jogadores compulsivos aparentam sofrer mais sintomas de abstinência física quando tentam cortar o vício do que viciados em drogas.
Mas quando é exatamente que um entusiasmo saudável se transforma em um vício?Comportamento excessivo por si só não significa que alguém seja viciado.
Eu consigo pensar em muitas pessoas que se envolvem em atividades excessivas, mas eu não as classificaria como viciadas, já que elas parecem não sofrer qualquer efeito negativo ao apresentar tal comportamento.
Em essência, a diferença fundamental entre o excesso de entusiasmo e o vício é que os entusiastas saudáveis adicionam vida às atividades desprovidas dela.Para qualquer comportamento ser definido como viciante, é preciso que existam consequências específicas como se tornar a atividade mais importante na vida de uma pessoa ou ser o meio pelo qual o humor dela pode melhorar.
Eles podem também começar a precisar fazer mais e mais da atividade ao longo do tempo para sentir seus efeitos e sentir sintomas físicos e psicológicos de abstinência se eles não conseguem fazê-lo.Isso pode levar a conflitos com o trabalho e com responsabilidades pessoais e muitos podem até viver recaídas se tentam largar o vício.
A maneira pela qual os vícios se desenvolvem - sejam eles químicos ou comportamentais - é complexa.
O comportamento viciante se desenvolve a partir de uma combinação de predisposição biológica e genética de uma pessoa, o ambiente social em que elas cresceram e sua constituição psicológica, como traços de personalidade, atitudes, experiências e crenças e a própria atividade.Muitos vícios comportamentais são vícios ''ocultos''. Diferentemente do alcoolismo, o viciado em trabalho não apresenta a fala embolada ou sai tropeçando.
Mas, no entanto, o vício comportamental é um tema relativo a saúde que precisa ser levado a sério por todos os profissionais das áreas médicas ou de saúde.
Se o principal objetivo dos profissionais da área médica é garantir a saúde de seus pacientes, então ter consciência sobre o vício comportamental e os temas que o cercam deveriam ser tão importantes quanto o conhecimento básico e o treinamento.
Diversos vícios comportamentais podem ser tão graves quanto vícios em drogas."
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/11/25/trabalho-ou-jogos-podem-ser-tao-viciantes-quanto-alcool-ou-drogas-diz-psicologo.jhtm

10 de novembro de 2011

Médico promete transformar olhos castanhos em azuis com uso de laser

Já imaginou poder ter o tão desejado olho azul apenas com um procedimento médico de poucos segundos?
Gregg Homer, médico da Califórnia, afirma que isso é possível porque, no fundo, todos têm olhos azuis.
"Todo mundo que tem olhos castanhos tem o azul coberto por uma camada de pigmento", explica ele.O método desenvolvido por ele funciona com um laser que atinge a parte mais clara do olho e da córnea e começa a desfazer o pigmento. O próprio organismo, então, termina o processo.
Em entrevista ao Daily News, Homer afirma que o tratamento já foi testado, com sucesso, em 12 voluntários no México.O procedimento é feito em 20 segundos, com o paciente observando uma tela animada com um dos olhos tapados. Para o processo ser completo, a ação é repetida no outro olho.Os olhos não ficam azuis na hora.
Na primeira semana ficam mais escuros e só depois de um mês é que a mudança completa ocorre, segundo o médico. Uma vez que a pessoa opta por mudar a cor do olho para azul não há mais como voltar atrás.AprovaçãoSó nos Estados Unidos quase três mil pacientes já mostraram interesse em passar pela mudança, mas eles vão precisar de paciência: o médico estima que serão necessários três anos para que o método seja aprovado no país. A cirurgia deverá custar US$ 5.000 (cerca de R$ 8.700).
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina também não aprovou a cirurgia. "O Conselho tem uma câmara técnica que avalia todos os procedimentos, mas esse ainda é experimental, há pouca referência sobre ele na literatura médica", declara o médico Paulo Augusto de Arruda Mello, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Ainda que os oftalmologistas não conheçam todas as eventuais complicações ligadas ao procedimento, fala-se em risco de desenvolver glaucoma e catarata.De acordo com Mello, o procedimento também causa alterações importantes na estrutura da íris. "O laser promove quebra de pigmento, portanto é evidente que isso pode promover um processo inflamatório na região", explica ele.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/11/09/procedimento-com-laser-muda-cor-de-olhos-castanhos-para-azuis.jhtm